HISTORIA DE PALESTINA DO CARIRI

Sítio Favela

Segundo estudos publicados pelo Sr. Isaac Gomes da Silva, a origem do ex-sítio Favela, atual Palestina do Cariri, deu-se no início do século XIX com a chegado do "desbravador" o Capitão Pedro Martins de Oliveira Rocha que veio da cidade baiana de Pambu a convite de seus familiares residentes no município de Milagres-CE com a intenção de explorar as terras ainda selvagens da região.

Pedro Martins (com vários descendentes vivos), andou por toda a extensão das terras que limitam hoje os estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, delimitando uma vasta região de solos férteis no Sul caririense e em seguida retornou à sua cidade natal de onde viajou a Corte (Capital) na Cidade do Rio de Janeiro com a intenção de comprar as terras pretendidas junto ao governo do Brasil.

Realizada a compra das terras, o referido Capitão retorna a este lugar, agora de sua possessão, onde iniciou por volta de 1802 a exploração das terras e formação de alguns povoamentos por meio dos seus filhos e herdeiros.

O povoamento se intensificou quando o colonizador resolveu realizar concessões do suas terras por meio de arrendamentos com a finalidade de aumentar a mão de obra e por conseqüência a produtividade agrícola.

Avisados pelos tropeiros que por aqui passavam, muitas famílias dos estados do Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba e de outras cidades do Ceará vieram em busca da terra, o que resultou no surgimento de alguns sítios e fazendas que prosperam muito.

Mas nenhuma como o Sito Favela, denominado assim por causo da grande ocorrência de uma planta rústica típica da Caatinga chamada Favela, o lugar crescia economicamente graças a fertilidade das suas terras e por conseqüência, crescia também a sua população.

Especialmente no Sítio Favela residia originalmente a Família Barbosa Lima, oriunda do estado do Pernambuco, posteriormente outras famílias se juntaram a esta e escreveram juntas outros importantes capítulos da história de Palestina do Cariri.

FONTE: Palestina do Cariri e um pouca da sua história.
TEXTO: Irivan Santos

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Conheça o Pé de Favela

FAVELA:(euforbiácea)Cnidoscolus phyllacanthus Pax & K. Hoffm (Jatropha phyllacantha Mart.).
Planta muito abundante nestas terras (hoje praticamente extinta na região) que viriam a se transformar em Palestina do Cariri e por isso durante muito tempo foi chamada de Sito Favela, depois por se tornar de uso pejorativo teve sua denominação mudada para o nome atual.

- É uma árvore com mais ou menos 3-5 m de altura, irregularmente esgalhada, lactescente, profusamente armada de espinhos cáusticos. Folhas longas, grossas, lanceoladas, profundamente recortadas, com pequenos acúleos no limbo e espinhos nas nervuras. Flores alvas, hermafroditas, de 4 mm de diâmetro, em pequenos cachos axilares e terminais. Cápsula deiscente, provida de sementes parecidas com as da mamona. As picadas dos espinhos da favela provocam inflamações dolorosas, demoradas e, se atingem uma articulação, podem até aleijar a parte afetada. Essa extrema virulência talvez se deva ao látex encontrado em toda a planta. Seco, o látex torna-se quebradiço e pode ser aproveitado para iluminação e como remédio balsâmico. As folhas maduras e a casca servem de forragem às cabras, carneiros, jumentos e mesmo aos bovinos. As sementes engordam as galinhas, porcos e ovinos. Porém a grande importância da favela está em suas sementes, dando a esta planta uma posição destacada como produtora de óleo alimentício e de farinha, esta rica em sais minerais e principalmente em proteínas. É uma xerófila por excelência, vegetando nos tabuleiros rasos e pedregosos dos sertões mais secos do Nordeste.
FONTE: http://www.esam.br/zoobotanico/vegetais/favela.htm

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Famílias Fundadoras

São reconhecidos hoje como fundadores de Palestina do Cariri os senhores João Felipe Fernandes e Antônio Barbosa Lima, com suas respectivas esposas primeiros moradores do ex-sítio Favela em 1847.

Descendentes diretos das familias de fundadores
Mantenha o Mouse sobre a foto para obter informação.

João Felipe

Antônio B. Lima

Posteriormente outras famílias surgiram intensificando o processo de povoamento do lugar, são elas: as famílias de José Felipe, (Zuza Felipe), Elias Felipe, e Francisco Antônio. Principais colaboradores do Processo de formação de povoado que daria origem a Palestina do Cariri.

Descendentes diretos das familias de colaboradores
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Zuza Felipe

Elias Felipe

Fran. Amâncio

Muitas outras famílias se juntaram a estas no processo histórico de formação de Palestina do Cariri e elas são igualmente importantes para a formação da nossa gente e da nossa identidade étnica.
Não queremos cometer injustiça com nenhuma delas, por isso leia atentamente o texto a seguir:

FONTE: Depoimentos da Hitoriadora Regina Pimenta

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História da Capela

A história de Palestina sempre esteve associada à história da Capela do Coração de Jesus, Padroeiro do lugar, de fato em alguns momentos as duas histórias se confundem, mas é preciso lembrar que uma história se constrói por meio da colaboração entre os sues agentes ativos, talvez seja justo dizer que a história de Palestina, então Favela, como comunidade tenha se iniciado pelo fato da construção da Capela ao Coração de Jesus, fato que uniu os moradores do lugar em função de um mesmo objetivo, por esta perspectiva pode-se afirmar que é a história de Palestina e de toda a sua gente que originou uma outra história, a da Capela.

Entretanto, a iniciativa para construção da Capela, que é hoje um dos nossos acontecimentos mais marcantes, partiu do agricultor e artesão João Barbosa de Lima, que teria alcançado uma graça do seu santo de devoção e a ele havia feito uma promessa que doaria um terreno no qual se construiria uma Capela em sua homenagem, entretanto o terreno era insuficiente, o senhor João Felipe Fernandes, vizinho, doou o terreno restante onde em 1932 se iniciou a construção da obra que ficou pronta em 1937. A construção foi comandada José Barbosa, irmão do idealizador e em seguida foi entregue ao comando da Paróquia de Milagres após a celebração da missa inaugural rezada pelo Padre Joaquim Alves da Paróquia já referida.

A realização da festa ao Padroeiro agora em seu próprio templo promovia o encontra da sociedade palestinense, estritamente católica nos primeiros anos da sua existência.

Depois da sua inaugurarão, a Capela passou por uma ampliação e reforma em contando com o apoio de muitos moradores de Palestina e sitos vizinhos sendo reformada anos mais tarde para a estrutura atual.

TEXTO: Irivan Santos

1ª Capela - 1937

Capela - 1968

Capela - 2007

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História da Emancipação de (1962

Entre 1962 e 1963 foi realizado um plebiscito entre os moradores do povoado de Palestina (Favela) no qual se decidiu pela emancipação de Palestina. Achando-se o ato em conformidade com legislação cearense da época Palestina foi de fato e legalmente elevada a condição de município. Foram então fundados os partidos políticos PSD e UDN que deveriam concorrer à prefeitura do novo município

Quando os candidatos Francisco Amâncio, pelo PSD e Isac Gomes da Silva pelo UDN, preparavam-se para a corrida eleitoral do novo município ocorreu o golpe militar de março 1964.

O novo Governo destituiu todos os atos sancionados pelo governo anterior, inclusive a Lei que criou o Município de Palestina do Cariri.

É inegável que tenha havido um profundo sentimento de derrota entre todos que lutaram para a realização deste sonho e viram a sua fuga depois de tê-lo realizado.

FONTE: Palestina do Cariri e um pouco da sua história - Isaac Gomes da Silva

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A Chegado do DNOCS

A história desse órgão em Palestina teve o seu inicio no ano de 1952 por ocasião da Construção do Açude Público Federal de Quixabinha no Sítio do mesmo nome, o órgão tinha, como hoje, a incumbência de combater as secas no Nordeste do Brasil, ainda com o nome de Inspetório Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS. Promoveu uma verdadeira transformação na vida do povoado, (na época 'Favela') atraindo trabalhadores de muitos outros lugares que acabaram por se fixarem aqui colaborando para o crescimento do lugar.

Também é de responsabilidade do DNOCS a construção do Açude Publica Federal do Gomes em 1967 no Sítio Gomes, este como obra complementar ao Quixabinha.

Na década de 1970 já com o atual nome de DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, o Órgão federal volta a revolucionar Palestina com a implantação do Perímetro Irrigado do Vale da Palestina. Promoveu muitas desapropriações até hoje reclamadas pelos desapropriados, segundo estes esse processo foi feito de forma truculenta e em grande parte desnecessária com indenizações com valores muito abaixo da realidade.

O perímetro funcionou sob a coordenação do Departamento até a década de 1990 quando o comando e a posse das terras foram entregue aos colonos assentados naquelas desapropriações.

O DNOCS continua efetivo em Palestina do Cariri, não só pelo valioso legado das obras de armazenamento e adução de água, mas também pela formação de uma cultura agrícola, e pela marcante presença do cooperativismo.

TEXTO: Irivan Santos

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Maria Letícia
Miss Mundo Ceará 1991

FOTO: Arquivo Armando Vasconcelos. Colaboração de Paulo
FONTE: http://missesemmanchete.blogspot.com

Maria Letícia Ferreira Barbosa foi a representante cearense no Miss Brasil Mundo 1991.
Nasceu aqui em Palestina do Cariri no Ceará e é descendente das famílias fundadoras da cidade.
Mesmo vivendo fora de Palestina do Cariri realiza projetos assistenciais com a finalidade de ajudar o sue povo, é a idealizadora da festa beneficente mais tradicional do lugar. A Festa do Quilo realizada sempre em outubro durante a festa do Co-Padroeiro São Geraldo Tradicionalmente os ingresses são pagos com alimentos não perecíveis que são doados pela própria às falias mais carentes de nossa cidade
Em 2002 Maria Letícia foi jurada do Miss Ceará e também do Miss Brasil.